Post mortem (1942 – …)
1947
O jornal católico L’Osservatore Romano publica em 19 de agosto de 1947 um artigo de autoria do padre Alberto Grammatico sobre Edith Stein. É o primeiro artigo público sobre ela depois de sua prisão e morte em 1942.
1948
Na seção Registros & Comentários da revista A Ordem, Alceu Amoroso Lima escreve o primeiro texto sobre Edith Stein no Brasil.
1950
Um jornal holandês confirma a morte de Edith Stein ocorrida no dia 09 de Agosto de 1942 em Auschwitz-Birkenau.
1951
Hedwig Michel escreve o artigo Edith Stein, Martir judia y Cristiana e o publica na revista Estudios no Chile.
1952
O artigo da jornalista chilena Hedwig Michel, uma biografia que busca apresentar Edith Stein como síntese da paz entre o judaísmo e o cristianismo, é traduzido e publicado no Brasil pela revista A Ordem.
1955
Maria Anna Nabuco publica o primeiro livro biográfico sobre Edith Stein no Brasil.
1960
O Padre Jesuíta frei Francis Lelotte organiza o primeiro volume de Grandes convertidos do Século XX, entre os quais está Edith Stein. Esse livro é traduzido por Hoche Luiz Pulchério e Milton Ribeiro e publicado pela editora Agir do Rio de Janeiro.
Aparecida Turolo Garcia, uma adolescente com seus 16 anos, lê esse livro e se encanta com Edith Stein. Anos mais tarde, já como religiosa das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, a Irmã Jacinta será a primeira brasileira a defender e publicar uma tese de doutorado sobre Edith Stein.
1965
É aberto o processo de canonização de Edith Stein, Santa Teresa Benedita da Cruz. Com esse processo uma série de documentos inéditos são reunidos: cartas, fotos, textos de Edith Stein e testemunhos sobre ela. Isso favoreceu um maior conhecimento de sua vida e pensamento.
1965
É lançada pela Editora Vozes a peça de Teatro Edith Stein na câmara de gás, escrita pelo frei Gabriel Cacho, um religioso argentino que foi radicado no Brasil durante os anos de 1950 e 1960, e traduzida pelo escritor pernambucano Manuel Bandeira.
1984
Publicação da tradução da seleção de pensamentos de Edith Stein organizada por Waltraud Herbstrith, intitulada Na força da Cruz. Foi traduzida por Hermann Baaken e a apresentação foi escrita pelo frei Patrício Sciadini, que era o responsável pelas irmãs do Carmelo de Bauru e pela linha da editora Cidade Nova, na coleção Clássicos da Espiritualidade. Frei Patrício Sciadini e a Irmã Jacinta se tornaram grandes amigos, trabalhando juntos para a divulgação do pensamento e vida de Edith Stein..
1987
Edith Stein é beatificada pelo Papa João Paulo II.
A Irmã Jacinta Turolo Garcia, formada em licenciatura de filosofia pela Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma (1983-1984), apresenta em 1987 sua tese doutoral, intitulada Edith Stein e a formação da pessoa humana.
É publicado pela editora Loyola o livro Edith Stein Holocausto para seu Povo, escrito pela irmã Jacinta Turolo Garcia, A.S.C.J., e pelo frei Patrício Sciadini, O.C.D.
1988
É traduzido pelo monge beneditino Dom Beda Kruse o livro de Edith Stein A ciência da cruz- estudo sobre São João da Cruz, publicado pela editora Loyola de São Paulo.
A partir de fevereiro de 1988 a Ir. Jacinta passou a atuar como Reitora da Universidade do Sagrado Coração de Jesus de Bauru, SP. A Universidade do Sagrado Coração – USC – foi fundada em 1954 como FAFIL – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Sagrado Coração, pela Irmã Arminda Sbríssia – fundadora e primeira diretora da FAFIL – do Instituto das Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus (IASCJ). Em 1977, já em nova sede, utilizando-se da designação de FISC – Faculdades Integradas do Sagrado Coração – a instituição cresce com a organização de novos cursos. Mais adiante, por volta de 1978, muda seu nome para Federação das Faculdades do Sagrado Coração: FAFIL, FESC, FACMUS.
Em dezembro de 1980, a FAFIL assume o nome de FASC: Faculdades do Sagrado Coração, composta pelas diretorias do Centro de Filosofia, Centro de Ciências da Saúde e Centro de Ciências Exatas e Sociais.
Em 1984, foi aprovada uma carta-consulta com o pedido para transformar a FASC em Universidade do Sagrado Coração -USC. Toda comunidade acadêmica empenha-se nesse processo que durará dois anos.
No dia 6 de junho de 1986 registrou-se a cerimônia formal de criação da Universidade, com a presença do Ministro da Educação Jorge Bornhausen.
No ano de 1986, sob a administração de sua primeira Reitora, Irmã Elvira Milani, a Universidade do Sagrado Coração iniciou sua caminhada com, aproximadamente, 2.600 estudantes, 18 cursos, 04 habilitações, 99 professores e 110 funcionários.
Em 1988, Irmã Elvira passou a Reitoria da USC para a Dra. Irmã Jacinta Turolo Garcia, que ocupou o cargo por 17 anos. Irmã Jacinta foi uma líder premiada. O prêmio de maior destaque foi o de “Mulher mais influente do Brasil”, da revista Forbes Brasil. Irmã Jacinta permanece como reitora até 2005. Em 2005, novamente Irmã Elvira retorna à Reitoria e permanece até 2011.
(fonte: https://www.socialbauru.com.br/2018/10/18/trajetoria-de-sucesso-universidade-do-sagrado-coracao-comemora-65-anos-em-bauru/)
A USC e a sua editora (EDUSC), especialmente sob a direção da Ir. Jacinta e da Ir. Elvira, serão muito importantes para a divulgação do pensamento de Edith Stein no Brasil, assim como de sua grande estudiosa e divulgadora, a Profa. Dra. Angela Ales Bello.